1. A renovação é uma necessidade permanente para a Igreja. Como seguidora de Jesus Cristo, ela sente continuamente o apelo a crescer na vivência do Evangelho e para isso necessita da graça de Deus para vencer suas fraquezas e reafirmar sua fidelidade ao Senhor, “pois toda a renovação da Igreja consiste essencialmente numa fidelidade maior à própria vocação” (Vaticano II – Decreto Unitatis Redintegratio – 6).
2. Em nosso tempo, a Igreja vem experimentando um grande impulso renovador, suscitado pelo Espírito Santo, num momento de forte vivência de identidade eclesial a partir do Concílio Vaticano II. “Quanta riqueza nas diretrizes que o Concílio nos deu” sendo ele mesmo “a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa” (João Paulo II. Carta Apostólica Novo Millenio Ineunte – NMI, 57 ).
3. O Papa João Paulo II vem insistindo, com freqüência, que a autêntica renovação da Igreja deve ser feita pela aplicação, em profundidade, das inspirações e orientações práticas do Concílio, consignadas nos seus dezesseis documentos, pois “à medida que passam os anos, aqueles textos não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja” (NMI, 57 ).
4. Dentro do grande impulso de renovação da Igreja, proposta pelo Concílio, a Renovação Carismática Católica (RCC), “um dom do Espírito Santo para a Igreja neste nosso tempo” (João Paulo II. Discurso a uma delegação da RCC – 14/03/2002 – DDRCC, 2 ), encontra o seu lugar, na medida em que se identifica com o espírito do Concílio, com seus objetivos e com sua doutrina. Isto vale de maneira especial a respeito da visão de Igreja que o Concílio apresenta, sobretudo no seu documento Lumen Gentium . Mas todos os outros documentos do Concílio apresentam orientações doutrinais e pastorais para a verdadeira renovação da Igreja. Seguir suas orientações é o caminho seguro para nos unirmos nos mesmos objetivos de participar com responsabilidade desse processo renovador.
5. A Diocese de Piracicaba, crescendo e amadurecendo nesse contexto conciliar, vive toda a sua caminhada pastoral como um sincero empenho de renovação eclesial.
6. Uma das maiores insistências do Concílio para a renovação eclesial é a valorização das Igrejas Locais, ou Igrejas Particulares, isto é, das dioceses, como concretização indispensável da Igreja de Cristo, para que ela seja encarnada na realidade histórica de um povo, inculturada na tradição religiosa das comunidades locais e aberta diante dos problemas existentes e diante das pessoas que vivem em determinada região, para acolher a todos os que desejam se integrar em suas comunidades.
7. Diante da importância da Igreja Local, ressaltada tão fortemente pelo Concílio, é fundamental que a RCC, ao trilhar um caminho de maior integração em nossa diocese, valorize a caminhada pastoral já feita. Dessa maneira, sua contribuição para a renovação da vida eclesial poderá ser acolhida mais adequadamente.
8. Fazia parte dos objetivos do Concílio assumir a carga histórica da caminhada da Igreja e, a partir dela, sem fazer rupturas na unidade, empreender a sua renovação. Assim, nesse empenho renovador, todos os membros da Igreja são chamados a se sentir profundamente identificados com ela, sem repetir a experiência de divisão acontecida em outras épocas de fortes apelos para a renovação, como nos tempos da “Reforma” e da “Contra-Reforma” do século XVI.
9. A RCC – “um movimento em que, à luz do Evangelho, se experimenta o encontro vivo com Jesus, de fidelidade a Deus na oração pessoal e comunitária, de escuta confiante na sua Palavra, de redescoberta vital dos Sacramentos, mas também de coragem nas provações e de esperança nas tribulações” ( DDRCC, 2 ) – surgida após o Concílio, colabora para a renovação da Igreja e para a aproximação ecumênica entre os cristãos ao assumir com clareza sua identidade católica, tornando-se, no dizer do Papa, “resposta providencial para a maturidade da Igreja local” ( João Paulo II. Discurso no encontro com os movimentos eclesiais e as novas comunidades em Pentecostes de 1998, 7 ).
10. Essa identificação da RCC com a Igreja Católica se traduz, sobretudo, por sua inserção e integração nas estruturas eclesiais de base da Igreja, que são as dioceses e, dentro delas, as comunidades concretas, articuladas em forma de paróquias/quase-paróquias, dando “frutos maduros de comunhão e empenho” ( João Paulo II. Mensagem aos participantes do Encontro Mundial da RCC, 2000 – MPEMRCC, 3 ).
11. Por isso, a rigor dos termos, a meta da RCC não é formar novas comunidades, distintas, mas levar as pessoas a se integrarem, de maneira consciente e participativa, em comunidades já existentes. É missão da Igreja Local ir reunindo o povo em comunidades eclesiais, abertas a acolherem todas as pessoas e todos os movimentos e expressões de vivência cristã que o Evangelho tem a força de suscitar, reconhecendo “a obra do Espírito Santo, que jamais deixa faltar à Igreja as graças necessárias para enfrentar situações novas e às vezes difíceis” ( MPEMRCC, 3 ). A abertura de novas comunidades eclesiais precisa ser feita em sintonia com a Igreja Local, como desdobramento de sua presença e de sua atuação.
12. A RCC anima a diocese e as comunidades a viverem a riqueza do Evangelho, com a diversidade de carismas e ministérios, como a própria diocese já se empenha em fazer. Mas a presença e atuação do movimento não se destinam a formar comunidades “carismáticas”, distintas das outras, como se houvesse comunidades eclesiais desprovidas da riqueza dos carismas que o Espírito concede à sua Igreja. A RCC pode, sim, incentivar todas as comunidades a viverem essa riqueza que Cristo quer para toda a sua Igreja, dando-lhe vitalidade e constituindo “uma autêntica ‘primavera do Espírito´, em plena sintonia eclesial e obediência às diretrizes autorizadas dos pastores” ( NMI, 46 ). Assim fazendo é que ela estará ajudando a verdadeira renovação que a diocese quer fazer.
13. A Diocese de Piracicaba acolhe a presença e a atuação da RCC, de acordo com as presentes Orientações e Normas Pastorais, para que continue colaborando na renovação cristã, tanto das pessoas como das comunidades, e ajudando a diocese a assumir a missão evangelizadora da Igreja. Isso supõe:
14. - abertura para acolher a RCC e integrá-la nas suas estruturas eclesiais, tanto em nível diocesano como em níveis paroquiais e de comunidades locais.
15. - nomeação de um presbítero como diretor espiritual escolhido pelo bispo diocesano ( cf. CNBB. Orientações Pastorais sobre a Renovação Carismática Católica – OPRCC, 23 ), após indicação de lista tríplice feita pelo Conselho Diocesano de Coordenação da RCC e aprovação pelas instâncias competentes indicadas pelo bispo, pelo período de vigência do Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, podendo ser reconduzido uma vez.
16. - acompanhamento das atividades da RCC, dentro de sua responsabilidade de animar a ação dos cristãos e de zelar para que essa ação fortaleça a unidade e o crescimento de toda a diocese.
17. - disposição de acolher nas estruturas de serviços eclesiais (conselhos de pastoral, comissões administrativas, equipes de pastoral, ministérios eclesiais), dentro dos processos normais adotados na diocese, membros da RCC que para isso forem indicados pelas comunidades.
18. - acatar e assumir, integralmente, o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, expresso sobretudo através das prioridades aprovadas em Assembléia Diocesana de Pastoral e nas diversas diretrizes estabelecidas pela prática pastoral da diocese (disciplina sacramental, organização pastoral em regiões, calendário anual de atividades).
19. - integrar-se na organização da diocese: regiões pastorais, estrutura das paróquias/quase-paróquias e das comunidades locais (OPRCC, 27) .
20. - articular-se com a programação pastoral de cada paróquia/quase-paróquia, respeitando seu cronograma de trabalho e valorizando os momentos importantes da sua história, incentivando a participação dos membros da RCC nas atividades paroquiais, com o cuidado de adequar as promoções próprias do movimento de tal modo que não venham prejudicar o ritmo paroquial ( cf. OPRCC, 26 ).
21. - acatar as orientações do diretor espiritual da RCC e das coordenações eclesiais existentes na diocese: Coordenação Diocesana de Pastoral, Coordenação Integrada de Pastorais Diocesanas (CIPADI), Coordenação Integrada de Movimentos e Associações (CIMA), Conselhos Paroquiais de Pastoral (CPPs), Conselhos de Assuntos Econômicos Paroquiais (CAEPs), Assessorias Diocesanas de Pastoral e coordenações próprias da RCC (diocesana, regional e paroquial).
22. - aceitar e assumir a participação nos organismos de comunhão, representação e de coordenação, tanto em nível diocesano como regional, paroquial e comunitário, sempre que for convidada.
23. - participar das responsabilidades de sustentação econômica da diocese, paróquias/quase-paróquias e comunidades, sobretudo através do dízimo paroquial.
24. - manter um processo contínuo de avaliação e de diálogo em todos os níveis, através dos organismos relacionados no n. 21, visando especialmente a:
25 - incentivar a integração da RCC na vida e na ação da diocese, sobretudo animando os membros dos Grupos de Oração a assumirem “projetos de promoção humana e social, especialmente dos pobres e marginalizados” ( OPRCC, 50 ), à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, que é um dom do Espírito Santo à Igreja ( cf. OPRCC, 51 ).
26. - buscar o entrosamento com as atividades pastorais das paróquias/quase-paróquias.
27. - equacionar os problemas de relacionamento entre as atividades próprias da RCC e a programação pastoral da diocese e das paróquias/quase-paróquias, através da interação de calendários, mediante planejamento conjunto.
28. - zelar pela ortodoxia das pregações e pela reta disciplina da prática religiosa dos membros da RCC, de acordo com os ensinamentos e a prática da Igreja.
29. - cultivar um relacionamento maduro, responsável e caridoso entre as lideranças da RCC e os responsáveis pelos serviços eclesiais das comunidades, evitando-se mal-entendidos, busca de poder, atritos de personalidade, mania de perseguição ou formação sectária de grupos e, para isso, cultivando a caridade, a humildade, a simplicidade e o espírito de serviço, valorizando tanto a autoridade eclesial (bispo, presbíteros, diáconos e religiosas responsáveis por comunidades), como também os dons que cada um manifesta para o bem comum da Igreja ( cf. 1Cor 12,7 ).
30. Todos os diocesanos precisam se sentir identificados com a Igreja de Cristo e empenhados em sua vida e em sua missão.
31. Para tanto, participem da vida, organização e ação pastoral e missionária desenvolvida pela diocese, na sua realidade total, regida juridicamente pelas normas estabelecidas no Código de Direito Canônico, assim descrita teologicamente pelo Concílio Ecumênico Vaticano II: “Diocese é a porção do Povo de Deus confiada a um bispo para que a pastoreie em cooperação com o presbitério, de tal modo que, unida a seu pastor e por ele congregada no Espírito Santo mediante o Evangelho e a Eucaristia, constitua uma Igreja Particular, na qual verdadeiramente está e opera a una, santa, católica e apostólica Igreja de Cristo” (Concílio Vaticano II. Decreto Christus Dominus, 11) .
32. Em decorrência de sua natureza e de sua missão, a diocese desenvolve sua ação pastoral e missionária de acordo com o Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, através do qual procura expressar sua comunhão prática com toda a Igreja Católica, em especial com as dioceses que integram a CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
33. A Diocese de Piracicaba manifesta explicitamente sua disposição de estar aberta e acolher toda a riqueza do Evangelho de Cristo e a diversidade dos dons do Espírito Santo, colocando-os a serviço da unidade, do crescimento e da missão da Igreja de Cristo, que ela é chamada a concretizar como Igreja Local.
34. Por isso, a diocese quer valorizar a ação pastoral e missionária dos seus membros, individualmente ou unidos em comunidades, nas congregações religiosas ou associações de leigos e leigas constituídas de acordo com a legislação canônica e nos movimentos apostólicos em comunhão com a Igreja Católica que estejam dispostos a se integrarem na vida e na missão diocesana, no espírito dos princípios e disposições aqui expostos.
35. À luz desses princípios, a Diocese de Piracicaba acolhe a RCC, na esperança de que continue colaborando para o crescimento da vida cristã, para o fortalecimento da unidade eclesial e da ação evangelizadora. Para que isso aconteça, assinala algumas orientações pastorais concretas, podendo vir a indicar outras, na medida da necessidade ou da conveniência.
36. O espírito que anima a ação da RCC é o de levar os seus membros a se inserirem sempre mais na vida da Igreja, pela participação nas estruturas diocesanas e paroquiais. A meta permanente das atividades programadas pelo movimento deve ser, então, incentivar os seus membros a fazerem parte da comunidade eclesial onde vivem, dos grupos que a comunidade organiza, das pastorais existentes e, na medida em que forem chamados, assumirem responsabilidades nos serviços de coordenação e animação das atividades pastorais da comunidade ( cf. OPRCC, 48 ).
37. Para incentivar esse engajamento, é preciso conhecer e valorizar a caminhada pastoral da diocese. Por isso, do “anúncio” feito aos membros da RCC deve fazer parte a apresentação concreta da Igreja Local, com sua organização, planos de pastoral, atividades e também suas necessidades e limitações, levando os membros do movimento a valorizarem e amarem a Igreja de Cristo encarnada na diocese, como sinal da ação do Espírito Santo e como instrumento de participação e de ação missionária de todos.
38. As lideranças da RCC, na medida em que vão assumindo responsabilidades de coordenação, procurem participar dos momentos de formação que a diocese e a paróquia/quase-paróquia proporcionam. Em especial, a coordenação do movimento deve colocar como meta que os seus responsáveis diocesanos, regionais e paroquiais façam a Escola de Agentes de Pastoral ou a Escola de Teologia para Leigos. Como norma geral, a RCC deve insistir para que todos os seus membros participem dos momentos de formação que as paróquias/quase-paróquias e as regiões proporcionam ( cf. OPRCC, 36.39 ).
39. Para caminhar com a diocese, é muito importante que os membros da RCC sigam a proposta diocesana nos momentos fortes do ano, sobretudo Advento, Quaresma e Romaria Diocesana. Por isso, é importante que participem dos grupos de família organizados na comunidade paroquial, seguindo os roteiros para a Novena de Natal, Campanha da Fraternidade e Romaria Diocesana propostos pela diocese ou pela paróquia/quase-paróquia.
40. Também é importante que participem dos momentos de estudo e reflexão em pequenos grupos propostos pela diocese ou pela paróquia/quase-paróquia em sintonia com a CNBB. Os membros dos Grupos de Oração, sobretudo as lideranças, sejam incentivados a se unirem nessa caminhada ( cf. OPRCC, 24 ).
41. Na promoção de suas atividades próprias, a RCC procure respeitar o ritmo pastoral de cada paróquia/quase-paróquia, cuja programação tenha sido organizada por meio de planejamento antecipado, não chocando sua programação principal com atividades paralelas que dificultem os seus membros de acompanharem a vida paroquial ( cf. OPRCC, 22 ).
42. Como expressão concreta de pertença à comunidade paroquial, os membros da RCC sejam especialmente motivados a assumir com generosidade o dízimo paroquial, que precisa ser sempre o destinatário principal da colaboração financeira que lhes é solicitada. Sejam evitados, portanto, nos Grupos de Oração e em qualquer outra instância do movimento, os pedidos de colaboração financeira não aprovados pela diocese.
43. Como resultado da prioridade dada à participação na vida eclesial da diocese, a identidade cristã se afirme em primeiro lugar pela participação na vida da Igreja e não pela participação nas atividades específicas do movimento. Em outras palavras, antes de se identificar como integrante da RCC, este precisa ser identificado como “cristão”, “católico” e membro atuante de sua comunidade cristã.
44. A RCC tem sua organização própria na diocese, em função de suas finalidades e em vista do seu entrosamento com ela, sob orientação do diretor espiritual, sem a preocupação de se reproduzir nela toda a estrutura nos pensada para o nível mundial, nacional ou regional. Como princípio, deve-se evitar apresentar aos membros da RCC uma estrutura tal de organização própria que pareça uma Igreja paralela ( cf. CNBB. Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, 144 ). Por isso, as estruturas normais de participação que se apresentam aos membros da RCC devem ser as próprias estruturas da Igreja Local, sobretudo a paróquia/quase-paróquia. Como referência concreta, o Grupo de Oração seja o espaço onde os membros da RCC são incentivados a participar da vida da comunidade eclesial.
45. Como decorrência desse espírito, a programação da RCC não pode absorver os seus membros de tal modo que não possam mais participar das atividades da comunidade local. A prioridade de participação sejam as atividades da comunidade, dentro da programação de celebrações e de atividades pastorais que cada paróquia/quase-paróquia propõe a todos os cristãos.
46. Em comunhão com o diretor espiritual, a Coordenação Diocesana da RCC se empenhe, especialmente, para a formação permanente de suas lideranças. Para isso justifica-se uma programação em nível de diocese que proporcione encontros de formação para os que animam a RCC nas comunidades ( cf. OPRCC, 25 ) e que garanta que os Grupos de Oração estejam entrosados com as comunidades onde eles são organizados. A Comissão Teológico-Pastoral da diocese e o diretor espiritual da RCC, em comunhão com a Coordenação Diocesana, irão rever e atualizar, à luz destas Orientações, o conteúdo e o método da “Escola Paulo Apóstolo”.
47. As atividades programadas pela RCC tenham o seu contexto normal de execução nas paróquias/quase-paróquias, de tal modo que possam ser integradas em sua vida cotidiana. Nesse sentido, procure-se valorizar a organização pastoral da comunidade, especialmente no que se refere aos grupos de jovens e grupos de casais em sintonia com a Pastoral da Juventude e com a Pastoral Familiar, evitando-se trabalhos paralelos.
48. Isso vale especialmente para a preparação aos sacramentos. Neste ponto, a RCC siga as orientações oficiais da diocese, da maneira como cada paróquia/quase-paróquia costuma fazer, sem formar grupos à parte para aceder aos sacramentos.
49. É importante que sejam respeitados os horários tradicionais da vida paroquial, evitando-se marcar atividades próprias da RCC nesses horários, como que “competindo” com a paróquia/quase-paróquia ( cf. OPRCC, 44 ). Em caso de se aproveitar a proximidade desses horários para a promoção de atividades próprias da RCC, que se valorize primeiro a atividade da comunidade, participando dela, e não fazendo dela só um expediente para a reunião do movimento.
50. Por questões de segurança e disciplina, evitem-se reuniões e momentos de oração em grupo em horários avançados ou nas madrugadas, nos templos ou nas casas dos fiéis. Se forem necessárias ou favoráveis ao bem espiritual da comunidade, seguindo o discernimento do bispo diocesano e do diretor espiritual, sejam feitas apenas com autorização do pároco ou responsável da paróquia/quase-paróquia.
51. Para o bom entrosamento da programação própria da RCC com a programação pastoral da diocese, que se apresente em tempo para a Coordenação Diocesana de Pastoral, no final de cada ano, a proposta de atividades do ano subseqüente para serem inseridas, adequadamente, no calendário pastoral da diocese.As atividades diocesanas, regionais, paroquiais da RCC não devem sobrecarregar a programação da diocese, região e paróquia/quase-paróquia, de modo a impedir a atuação de seus membros dentro de cada nível da Igreja Particular
52. Sendo um movimento presente em todo o país, a RCC possui inúmeros “pregadores” – ministros ordenados, religiosos ou cristãos leigos – que procuram viver o serviço da partilha da Palavra de Deus em favor da Igreja. No entanto, existem exageros da parte de alguns ou “extrema liberdade” de outros face às orientações e normas emanadas nas Igrejas Particulares. Por isso não sejam convidados “pregadores” de outras dioceses sem autorização explícita do bispo daquela Igreja Local e do bispo da Diocese de Piracicaba, seja para encontros abertos a todos os fiéis, seja para encontros específicos com servos e lideranças da RCC. Essa norma vale também para as equipes de animação de encontros provindas de quaisquer comunidades da RCC de outras dioceses ( cf. OPRCC, 31 ). O diretor espiritual auxiliará diretamente o bispo nesse serviço.
53. A mobilidade de servos, líderes e equipes da RCC de uma paróquia/quase-paróquia a outra, de uma região a outra, e da diocese a outra, para serviços relacionados ao movimento, seja acompanhada pelas coordenações diocesana, regional e paroquial do movimento, em comunhão com os párocos ou responsáveis das paróquias/quase-paróquias, com os coordenadores das regiões e com o diretor espiritual e o bispo diocesano, respectivamente.
54. Acompanhada pelo diretor espiritual, a Coordenação Diocesana da RCC tenha como preocupação principal a formação de suas lideranças, a unidade do movimento em toda a diocese e o incentivo para a sua inserção na vida diocesana através do entrosamento prático nas paróquias/quase-paróquias.
55. A reunião do Grupo de Oração se constitua na atividade específica característica da RCC na diocese, através da qual se cultive a espiritualidade própria que o movimento visa transmitir para os seus membros, dentro dos objetivos de buscar uma renovação profunda da vida cristã que leve para a conversão a partir do aprofundamento da Palavra de Deus, da oração intensa e alegre, do culto à Santíssima Trindade, do amor a Cristo na Eucaristia, do louvor a Deus, da devoção a Maria e da comunhão com a Igreja, em especial com seus pastores.
56. As reuniões de oração sejam marcadas pela piedade, pela fraternidade, pela acolhida calorosa, mas também pelo equilíbrio emocional que deve se manifestar pela moderação nos horários, nos cantos, no som (no volume de instrumentos e microfones) e na tonalidade das reflexões feitas pelos animadores. Estes evitarão explorar a emotividade do grupo por impactos artificiais e violentos, por um sentimentalismo exagerado no falar, rezar, cantar e gesticular ( cf. OPRCC, 49 ).
57. A experiência mostra que esses momentos de acolhida fraterna algumas vezes propiciam a manifestação de exageros ou fanatismos, frutos de entusiasmo momentâneo ou de desequilíbrios psicológicos que devem ser prudentemente evitados e devidamente corrigidos através de encaminhamentos a especialistas e de diálogo entre os párocos ou responsáveis das paróquias/quase-paróquias e as lideranças dos Grupos de Oração.
58. Seguindo recomendação já feita por São Paulo ( 1Tm 3,6 ), não se confie a coordenação de grupos ou a animação da oração e da reflexão a pessoas que apenas estão iniciando sua participação na RCC. Essas responsabilidades sejam confiadas a pessoas com mais experiência e com comprovado entrosamento com a vida comunitária ( cf. OPRCC, 28 ), aprovadas pelo pároco ou responsável, eventualmente ouvido o Conselho de Pastoral Paroquial (CPP), pelo período de dois anos, com direito a uma recondução.
Critérios que devem iluminar o processo de aceitação e integração da RCC numa comunidade da diocese
59. O início de um Grupo de Oração da RCC numa comunidade da diocese deve ser fruto do discernimento comum entre os responsáveis pela vida eclesial da comunidade (presbítero, diácono, irmã, Conselho Paroquial de Pastoral) e membros da comunidade interessados em formar o grupo.
60. Os critérios que devem iluminar este discernimento são os expostos nos princípios apresentados nestas Orientações e Normas Pastorais: a busca da renovação autêntica da Igreja, a integração da RCC na diocese e as atitudes tanto da diocese como da RCC para que a existência do movimento na comunidade seja um fator positivo de crescimento da vida cristã.
61. Sigam-se as recomendações colocadas nestas Orientações e Normas Pastorais, para se superarem as eventuais dificuldades que possam surgir, sobretudo no que se refere à decisão sobre o momento oportuno para iniciar a RCC na comunidade, ou para se organizarem as atividades próprias do movimento, em sua integração contínua com a diocese. Procure-se, sempre que possível, chegar a todas as decisões necessárias através do entendimento mútuo dentro da própria comunidade, de acordo com as recomendações do próprio Evangelho ( Mt 18,15-18 ). Só no caso de persistir algum impasse procure-se a ajuda do coordenador regional e da Equipe de Serviço Regional e das instâncias diocesanas de pastoral (diretor espiritual, Conselho Diocesano da RCC, Equipe Diocesana da RCC, Coordenação Diocesana de Pastoral, Conselho Presbiteral, bispo diocesano).
62. Para o bom entrosamento com a comunidade, é conveniente que se faça um planejamento em conjunto, no qual a RCC comunique, com clareza e confiança, sua programação própria, com informações indispensáveis para o pároco ou responsável pela paróquia/quase-paróquia cumprir sua missão de acompanhar a caminhada do movimento e prestar a colaboração que lhe compete. Por sua vez, recomenda-se a todos os presbíteros, diáconos e religiosas da diocese que procurem conhecer bem o espírito e a organização da RCC, para valorizá-la na contribuição que pode trazer à vida da Igreja e para ajudar os seus membros a crescerem no entrosamento com a comunidade paroquial, pelo caminho da caridade, que “ultrapassa a todos” ( cf. 1Cor 12,31; 13,1-13 ).
63. A CNBB, no seu documento “Orientações Pastorais sobre a Renovação Carismática Católica”, posicionou-se a respeito de algumas “questões particulares”, tais como “batismo no Espírito, dons e carismas, dom da cura, orar e falar em línguas, profecia, repouso no Espírito, poder do mal e exorcismo” ( OPRCC, 53 ). A Diocese de Piracicaba retoma este posicionamento da CNBB, com as seguintes determinações:
64. Quanto ao batismo no Espírito : por respeito à tradição religiosa do povo, pela importância do Sacramento do Batismo, pela necessidade de se valorizar o Batismo já recebido, evite-se esta expressão para se referir a momentos, atividades, espiritualidade ou objetivos da RCC. Procurem-se usar termos como “efusão do Espírito Santo”, “derramamento do Espírito Santo” para valorizar tanto a invocação do Espírito como a recepção confiante dos seus dons e de suas manifestações ( cf. OPRCC, 54 ).
65. No que se refere aos dons e carismas : que o fato de se terem “dons e carismas” não seja considerado como exclusivo dos membros da RCC. Todos os cristãos são dotados de dons do Espírito, que os habilitam a exercer ministérios na Igreja e a darem testemunho da própria vida cristã. Evite-se, portanto, a distinção, segundo critérios subjetivos, entre pessoas “ungidas” ou não, pois “o Espírito sopra onde quer” ( Jo 3,8 ) e “Deus não faz distinção entre as pessoas” ( At 10,34 ) ( cf. OPRCC, 20 ). E “o grande dom, que deve ser por todos desejado, é o da caridade. A caridade é o primeiro dom e o mais necessário, pelo qual amamos a Deus acima de tudo e ao próximo por causa dele” ( OPRCC, 55 ).
66. A maneira prática de valorizar os carismas é aceitar, prontamente, serviços solicitados pela comunidade, sobretudo quando ela convoca para participar da “instituição dos ministérios”, de acordo com o processo em andamento na diocese. A RCC é chamada a valorizar os ministérios instituídos ou ordenados que a diocese possui e a assumir aqueles que a comunidade quer confiar a seus membros. ( cf. OPRCC, 56 ).
67. Os que exercem serviços dentro da própria RCC, ligados à animação dos Grupos de Oração, que o façam com solicitude, simplicidade e humildade, sem se julgarem dotados de dons extraordinários do Espírito ( cf. OPRCC, 56 ).
68. Quanto ao dom da cura : que ninguém faça “unções” nos doentes, para evitar a confusão com o Sacramento da Unção dos Enfermos ( cf. OPRCC, 61 ). Que nas orações para implorar a cura, feitas nos encontros da RCC, “não se adote qualquer atitude que possa resvalar para um espírito milagreiro e mágico, estranho à prática da Igreja Católica” ( OPRCC, 59 ). Evite-se a prática de revelações particulares referentes à cura de doenças.
69. Que se apóie e incentive a Pastoral da Saúde, promovida pela diocese, para que as comunidades possam realizar melhor a “cura dos doentes” que o Evangelho recomenda. Para isso, que os membros da RCC procurem se integrar nos grupos de visitas aos doentes, grupos de apoio aos idosos e outros do gênero, seguindo o critério de integração nas diversas pastorais existentes e, quando for o caso, propor à paróquia/quase-paróquia a formação de novos grupos, com aprovação do pároco ou responsável.
70. Sobre a questão de orar e falar em línguas : “O destinatário da oração em línguas é o próprio Deus, por ser uma atitude da pessoa absorvida em conversa particular com Deus. E o destinatário do falar em línguas é a comunidade. O apóstolo Paulo ensina: ‘Numa assembléia prefiro dizer cinco palavras com a minha inteligência, para instruir também aos outros, a dizer dez mil palavras em línguas´ (1Cor 14, 19) . Como é difícil discernir, na prática, entre inspiração do Espírito Santo e os apelos do animador do grupo reunido, não se incentive a chamada oração em línguas e nunca se fale em línguas sem que haja intérprete” ( OPRCC, 62 ), tanto nos Grupos de Oração abertos a todos os fiéis quanto nos retiros e outros encontros diocesanos, regionais e paroquiais, abertos a todos os fiéis ou “exclusivos” de servos e lideranças da RCC, sobretudo se congregam grande número de participantes. Com discernimento, esta prática é permitida nos grupos “exclusivos” de servos e lideranças da RCC em nível paroquial, regional e diocesano, desde que com número reduzido de participantes, seguindo a ordem recomendada pelo Apóstolo ( 1Cor 14 ,6-28 ) “para edificarem a Igreja” ( 1Cor 14,12 ), senão “estarão falando ao vento” ( 1Cor 14,9 ).
71. Quanto ao dom da profecia ( cf. OPRCC, 63-64 ): que seja entendido como “a comunicação de assuntos espirituais aos participantes de reuniões comunitárias” (OPRCC, 63) para “edificar, consolar, exortar” ( 1Cor 14,3 ), partindo-se da Sagrada Escritura ou de inspirações que com ela coincidam ou que para ela apontem, sem ferir a doutrina católica. Que o apreço por este dom seja demonstrado por um sério empenho em pedir as luzes do Espírito Santo com antecedência, para não se ter a presunção de ser diretamente inspirado pelo Espírito na hora de falar, “porque a boca fala daquilo de que está cheio o coração” ( Lc 6,45 ). Haja muito discernimento em relação a esse dom, eliminando-se adivinhações futuras e “qualquer dependência mágica e até supersticiosa” (cf. OPRCC 63-64) já que “as inspirações dos profetas estão sujeitas aos profetas, pois Deus não é um Deus de desordem, mas de paz” ( 1Cor 32-33 ).
72. Enquanto a CNBB não se pronunciar mais especificamente sobre o assunto, não sejam praticados o repouso no espírito ( cf. OPRCC, 65 ) nem as atitudes que tentem significar o tal “repouso”, tanto nos Grupos de Oração abertos a todos os fiéis quanto nos grupos “exclusivos” de servos e lideranças da RCC, sobretudo em retiros e outros encontros diocesanos, regionais e paroquiais.
73. Quanto ao poder do mal e exorcismo : “Cristo venceu o demônio e todo o espírito do mal. Nem tudo se pode atribuir ao demônio, esquecendo-se o jogo das causas segundas e outros fatores psicológicos e até patológicos” ( OPRCC, 66 ). Tenha-se todo o cuidado para não facilitar, nas reuniões, a manifestação de problemas psicológicos ou patológicos de algumas pessoas que poderiam se sentir estimuladas a isso. Antes, procure-se encaminhá-las a tratamento médico e psicológico especializado ( cf. Eclo 38,1-14 ).
74. Quanto ao expulsar demônios ( cf. OPRCC, 67 ): evite-se interpretar que alguém esteja possesso do demônio e que ninguém queira fazer exorcismos. “Procure-se, ainda, formar adequadamente as lideranças e membros da RCC para superar uma preocupação exagerada com o demônio, que cria ou reforça uma mentalidade fetichista, infelizmente presente em muitos ambientes” ( OPRCC, 66 ).
75. É muito positivo que a RCC cultive uma sadia devoção a Nossa Senhora, inclusive como sinal de comunhão com a Igreja Católica. Para garantir que a devoção seja fonte de crescimento cristão, é importante seguir as orientações oficiais da Igreja, especialmente no que se refere à necessária prudência e indispensável discernimento quanto a aparições de Nossa Senhora. Em vista disso, a diocese estabelece que a ninguém é permitido propagar publicamente devoções particulares ou ligadas a aparições, visões ou outros fenômenos ainda não oficialmente reconhecidos pela Igreja. Segundo as mais atuais orientações da Igreja ( cf. João Paulo II. Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae – RVM ), incentive-se nos Grupos de Oração e nas comunidades, antes de qualquer outra devoção mariana, a recitação do Rosário da Virgem Maria, “oração marcadamente contemplativa” e “autêntico caminho de santificação” ( RVM, 11.8 ), que nos leva a “contemplar com Maria o rosto de Cristo” ( RVM, 3 ).
76. A RCC pode ajudar muito as comunidades a fazerem as celebrações litúrgicas com fé, alegria e riqueza de vida, sobretudo incentivando os seus membros a participarem delas e contribuindo para a sua animação.
77. Mas para que isso aconteça, é importante que a RCC siga as orientações da Igreja, expressas em tantos documentos emanados a partir da aplicação do documento Sacrosanctum Concilium , a primeira grande renovação empreendida pelo Concílio Vaticano II.
78. Em especial, no que se refere à Eucaristia, que seu apreço por ela se expresse pelo empenho na participação da Celebração Eucarística (a Santa Missa), que é o contexto normal para se fazer a Comunhão Eucarística. A “Exposição do Santíssimo” só seja feita por ministros autorizados pela paróquia/quase-paróquia, em momentos abertos à participação de toda a comunidade. A Comunhão Eucarística fora da missa só seja levada a pessoas doentes que não podem participar da Celebração Eucarística, ou em Celebrações Comunitárias que não podem contar com a presença do presbítero para presidir a Eucaristia ( cf. OPRCC, 43 ).
79. Quando a RCC é chamada a animar a missa da comunidade, que leve em consideração a tradição litúrgica da comunidade e os critérios exigidos para a celebração litúrgica ( cf. OPRCC, 40.43 ), especialmente no que se refere aos cantos e ao ritmo da celebração ( cf. OPRCC, 42 ). Por isso, evite-se colocar só cantos conhecidos da RCC e não se imponha à comunidade os gestos próprios dos Grupos de Oração. E que sempre se respeite a índole própria da Celebração Eucarística, também nas missas celebradas em encontros da RCC abertos a todos os fiéis ou específicos para servos e lideranças do movimento. Não existe “missa carismática” ou “missa de cura e libertação”, e a diocese veta o uso dessas expressões para evitar ambigüidades.
80. “Na celebração da missa, não se deve salientar de modo inadequado as palavras da instituição, nem se interrompa a Oração Eucarística para momentos de louvor a Cristo presente na Eucaristia com aplausos, vivas, procissões, hinos de louvor eucarístico e outras manifestações que exaltem de tal maneira o sentido da presença real que acabem esvaziando as várias dimensões da Celebração Eucarística” ( OPRCC, 41 ).
81. É de grande valor uma programação sadia e equilibrada produzida pela RCC em meios de comunicação católicos que concorde com a doutrina católica e esteja em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil ( sobretudo os números 85g, 123g, 182, 195 ). Porém, os fiéis estejam atentos para filtrar aquilo que não se coaduna com estas Orientações e Normas Pastorais. Não se deve, portanto, assumir práticas contrárias ao espírito delas apenas por terem sido realizadas e divulgadas nos meios de comunicação, mesmo quando realizadas por padres católicos.
82. A colaboração financeira na manutenção de rádios e televisões católicas é um gesto pessoal livre e de grande mérito. Mas não pode ser incentivada nos Grupos de Oração nem nos grupos “exclusivos” de servos e lideranças da RCC, sem autorização do pároco ou responsável. Também não seja pedida ou divulgada em retiros e outros encontros diocesanos, regionais e paroquiais, sem autorização do bispo diocesano. Tampouco se aconselhe o “desvio” de recursos reservados ao dízimo paroquial para atividades relacionadas aos meios de comunicação ou outras necessidades da RCC ou de qualquer movimento.
83. Ao entregar à Diocese de Piracicaba estas Orientações e Normas Pastorais, manifestamos a firme esperança de que sejam bem acolhidas, em vista da caminhada de unidade a que todos são convocados. Com isso, a RCC cumprirá fielmente sua missão de colaborar com a renovação da Igreja diocesana.
84. Confiamos esse propósito à Virgem Maria que sempre nos ampara com sua proteção maternal, para que ela, como Estrela da Evangelização, aponte o caminho seguro para a construção da unidade, na obediência serena ao mandamento de seu divino Filho.
Piracicaba, 6 de agosto de 2003 - Festa da Transfiguração do Senhor
Dom Moacyr José Vitti - Bispo da Diocese de Piracicaba