“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
Reflexão

Reflexão litúrgico-pastoral para a Solenidade da Epifania do Senhor

Publicado em 30 de dezembro de 2020

Solenidade da Epifania do Senhor – 3 de janeiro de 2021

A Igreja celebra, neste domingo, uma das grandes festas litúrgicas. É a solenidade da Epifania do Senhor, que se insere nas celebrações do Natal, recordando a visita dos Reis Magos a Jesus.

Epifania é uma palavra de origem grega que significa manifestação, revelação. Num primeiro momento, o Salvador se revelou aos judeus, o povo eleito do Antigo Testamento. Agora, nas pessoas dos Santos Reis, apresenta-se a todos as nações, lembrando a universalidade da salvação.

Esse sentido universal da salvação é lembrada na segunda leitura (Ef 3, 2-6), em que São Paulo, escrevendo aos Efésios, ensina que “os gentios (os não judeus) são coerdeiros conosco, são membros do mesmo corpo e participantes da promessa em Jesus Cristo.” Por isso a festa da Epifania deve ser celebrada solenemente, pois Jesus se manifesta a todos nós.

No evangelho (Mt 2,1-12), São Mateus narra a visita dos reis magos. Na realidade, eles são sábios, estudiosos de astronomia que, descobrindo uma estrela diferente, viram nela um sinal especial. Por isso se põem a caminho: “Eis que uns magos chegaram do Oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.” Levam a Jesus presentes, carregados de simbologia: ouro, que representa a realeza de Cristo; incenso, representando sua divindade, e mirra, representando sua humanidade.

O relato do evangelista nos apresenta duas atitudes distintas: Jesus é desprezado por muitos de seu povo, mas os magos vindos do Oriente procuram pelo Menino, oferecendo-lhe presentes. São os pagãos que o adoram, enquanto muitos judeus, embora conhecendo as profecias, não reconhecem o Messias. O evangelista quer transmitir a verdade do universalismo da Igreja de Jesus. A Criança adorada pelos magos instaura um reino, destinado a todos os povos, sem distinção de raça ou de cor. Todos são filhos de Deus, igualmente redimidos, e fazem parte do novo Povo de Deus.

Aprendamos com os Santos Reis a procurar o Salvador. Deixemo-nos conduzir e transbordar de alegria por iniciar um novo tempo a partir da fé. Contemplemos o Menino Jesus que nos comunica vida. Ofereçamos a Ele nossos presentes: o ouro do nosso amor a Deus e aos irmãos; o incenso de nossa vida de oração e cheia de gratidão, e a mirra da aceitação-acolhida de seus desígnios em nossa vida.

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