Estamos no Tempo do Advento, de preparação para o Natal de Jesus. Neste 2º Domingo do Advento, somos convidados a “abrir no deserto um caminho para o Senhor.”
Na primeira leitura (Is 40,1-11), o profeta Isaías nos faz esse convite para que nos preparemos para a chegada de Deus. Ele vem para nos libertar, mas devemos preparar-lhe os caminhos. Entre nós há montanhas que devem ser abaixadas, há vales que devem ser aterrados, há estradas que precisam ser abertas. E o profeta nos encoraja, afirmando que é o Senhor quem guia seu povo, como um pastor zeloso que reúne as ovelhas dispersas e as conduz.
Na segunda leitura (2Pd 3,8-14), o apóstolo Pedro, respondendo a dúvidas de certos cristãos acerca da volta do Senhor, afirma que Deus tem uma noção de tempo diferente da nossa. Ensina que Ele não retarda o cumprimento de sua promessa, mas usa de paciência para conosco e insiste para que, pela santidade de vida, possamos apressar a construção dos novos céus e da nova terra, onde habitará a justiça.
No evangelho (Mc 1,1-8), São Marcos apresenta João Batista, que anuncia o Messias. Ele aparece no deserto, isto é, à margem da sociedade, para preparar o caminho, pregando um batismo de conversão para a remissão dos pecados e anuncia a vinda do Senhor. As pessoas, cansadas de viver num mundo de injustiça e de maldades, aproximavam-se de João e ele pedia a conversão.
Entre os gestos significativos de conversão pedidos por João, estava sem dúvida o batismo, momento importante de encontro com Deus. Mas, além disso, eram necessárias atitudes concretas de partilhar, perdoar, acolher, nas quais transparece a realidade de um coração novo.
Hoje Isaías e João Batista nos interpelam, convidando-nos a preparar o caminho do Senhor. O forte apelo de conversão ecoa forte e nos aponta para a gruta de Belém.