A Igreja celebra, neste domingo, 22 de novembro, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, quando lembra seu poder e sua realeza. Mas o conceito de rei vivido pelo Salvador é totalmente diferente, pois Ele se apresenta como aquele que serve e dá a vida, que se coloca ao lado dos pequenos, dos pobres, dos excluídos.
Ele veio ao mundo para realizar o seu reino, “reino eterno e universal, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz”, como rezamos no prefácio da missa deste domingo. Por isso, celebrar a festa de Jesus Cristo rei é comprometer-se com seu projeto.
Essa solenidade foi estabelecida pelo Papa Pio XI, com a encíclica “Quas primas”, de 11 de dezembro de 1925, quando finalizava o Ano Santo. A celebração dessa festa é um convite para que todos os cristãos sejam colaboradores na construção do Reino de Deus.
E o evangelho deste domingo (Mt 25,31-46) nos mostra como devemos agir para sermos dignos de participar desse reino: dar de comer a quem tem fome, vestir o nu, acolher o peregrino, visitar o enfermo e o encarcerado, pois todas as vezes que fazemos isso a alguém é ao próprio Cristo que o fazemos. Qualquer tipo de religiosidade que não conduza ao amor ao irmão é falsa e não tem nada a ver com o cristianismo, porque o amor ao irmão é medida do amor que se tem por Deus.
A exemplo do Divino Redentor, somos chamados a trabalhar na construção do Reino de Deus. Embora haja dificuldades, não podemos desanimar. Olhando para a cruz, contemplando o Rei que oferece sua vida pela salvação de todos, encontraremos a força para realizar nossa missão e poderemos então rezar: “Venha a nós o vosso reino”.