A Igreja celebra, neste domingo, uma das maiores festas do Ano Litúrgico: Pentecostes. É a celebração da vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos, transformando-os em homens cheios de fé, coragem e ardor missionário. Até então trancados dentro de casa por medo de serem perseguidos pelos judeus, simbolizavam uma comunidade inativa, medrosa, sem perspectivas de futuro. Mas a força do Espírito que Jesus prometera enche-os de coragem e eles saem a proclamar, com entusiasmo, o Evangelho. É a manifestação da Igreja fundada por Jesus para continuar, até o fim dos tempos, sua missão salvadora.
A primeira leitura (At 2,1-11) comprova o ardor missionário da primeira comunidade cristã, impelida pelo Espírito. Foram ultrapassadas as barreiras étnicas, culturais, linguísticas e geográficas. Todos entendiam a mensagem dos apóstolos e a boa-nova do Reino de Deus espalhou-se por todo o mundo.
Na segunda leitura (1Cor 12,3-13), o apóstolo Paulo destaca a ação do Espírito Santo no interior da comunidade, lembrando que são muitos os dons e ministérios, mas todos concorrem para o bem da Igreja.
No evangelho (Jo 20,19-23), Jesus ressuscitado aparece no meio dos apóstolos, deseja-lhes a paz e confirma o mandato missionário: “Eu vos envio.” E soprou sobre eles, concedendo-lhes o dom do Espírito Santo. É o sopro da nova criação, capacitando o ser humano para promover a vida em plenitude.
A Igreja, celebrando Pentecostes, renova sua ação missionária e implora ao Espírito de Deus as luzes e os dons necessários para que possa ser fiel à sua missão. Celebrar Pentecostes é celebrar a presença do Espírito em nossas comunidades e em nossas vidas. É Ele quem assiste e ilumina a Igreja para que possa realizar fielmente a missão que Jesus lhe confiou. É Ele quem ilumina a todos nós para que possamos ser discípulos fiéis, dirigindo nossas vidas pelos caminhos do Evangelho de Jesus.