“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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Casa comum, nossa responsabilidade

Publicado em 11 de fevereiro de 2016 - 14:22:34

A Quaresma, que iniciamos na Quarta-feira de Cinzas, nos convida a um caminho de conversão e vivência mais autêntica de nossa fé, em vista da celebração da Páscoa do Crucificado-Ressuscitado. Neste Ano da Misericórdia, pratiquemos as obras de misericórdia espirituais e corporais. Neste contexto quaresmal e animados pela sua espiritualidade, acolhemos a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano. O primeiro desafio é “ver” a nossa “casa comum”. Recordo as palavras de nosso Papa Francisco na Carta Laudato Si: “Esta irmã [terra] clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. [...] Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2,7).” (LS 2). Neste olhar, é destacado um foco, como objetivo de toda a Campanha: “assegurar o direito ao saneamento básico a todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum.” (Texto-Base CFE 2016, n.26).

Pela quarta vez, a Campanha tem caráter ecumênico. Já foi realizada nos anos 2000, 2005 e 2010. Será um momento de diálogo, reflexão e ações comuns com cristãos de outras Igrejas. “Uma comprovação de que Igrejas irmãs são capazes de repartir dons e recursos na sua missão.(Texto-Base, n.2). Estamos todos conscientes de que o atual modelo de desenvolvimento é predador e excludente. Destrói a biodiversidade. Não promove a inclusão e a vida digna para todos. Os pobres são os que mais sofrem as consequências. Despertar nos cristãos uma postura responsável diante desta realidade é um imperativo. Pois, que planeta e sociedade queremos deixar como herança para as próximas gerações?

O foco principal da Campanha é o saneamento básico. Trata-se de um conjunto de condições e serviços que garantam abastecimento e uso consciente da água potável; esgotamento sanitário, com seu devido tratamento; limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. “A implantação do saneamento básico torna-se essencial à vida humana e à proteção ambiental.” (Texto-Base, n. 34). Trata-se de uma dupla responsabilidade. O poder público deve garantir as obras de infraestrutura de saneamento, limpeza, coleta e tratamento do lixo e esgoto. Mas, individualmente somos responsáveis, educando-nos para o uso consciente da água, a limpeza das ruas, a reciclagem do lixo... Importante trazer todas estas questões para o debate e promover ações concretas.

Além de todas a práticas próprias do tempo quaresmal, como gesto concreto, conclamamos todas as comunidades de nossa Diocese, (crianças, jovens, famílias, escolas, lideranças, pastorais e movimentos) sejam elas na cidade ou interior, para a reflexão e ação em torno da desafiadora missão de combater o mosquito aedes aegyti. Sabemos que o poder público e as instituições de nosso país, com a ajuda significativa dos meios de comunicação, estão trabalhando incansavelmente para o combate, porém é responsabilidade de cada cristão, cidadão brasileiro, fazer a sua parte. Não nos é permitido deixar para depois. É urgente! Unamo-nos nesta grande missão!

Neste Ano Jubilar da Misericórdia, desejo um abençoado e comprometedor caminho quaresmal a todos. 

 

Dom Adelar Baruffi
Bispo de Cruz Alta (RS)

 

 

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