Não tem como falar do Dia do Leigo, sem recordar da minha jornada cristã até aqui. Afinal, tive bons irmãos e irmãs de caminhada que sempre me ensinaram que o processo é mais importante que o evento. Foi assim com meus amados pais dentro de casa, catequistas na minha comunidade, padres na minha paróquia, assessores na Pastoral da Juventude e atualmente meus amigos e amigas do Coral, Crisma e Campanha da Fraternidade.
Confesso que quando ouvi pela primeira vez o termo “ser leigo”, meu preconceito veio à tona, e logo pensei: “Posso não conhecer muita coisa, mas leigo eu não sou não!”. Mal sabia a importância desta vocação, e com o tempo, eu iria me identificar cada vez mais com ela. Sim, vocação mesmo! Um chamado para que a minha vida cristã se concretizasse além dos muros da igreja, mas também na família, na profissão e na sociedade. Afinal, é quando a Missa acaba, que começa a missão.
No entanto, como em toda vocação, também tem suas pedras e espinhos: cansaço, contradições, vontade de desistir, tentações por todos os lados. Nestas horas, é preciso parar, respirar, olhar pra trás e perceber o caminho percorrido (lembram do processo?). Este é o gesto que me ajuda a levantar a cabeça e continuar. Errando, acertando, aprendendo e me preparando para a próxima tempestade, que com certeza virá.
Por fim, e mais importante, preciso deixar claro e reafirmar quem é que me chama: Jesus Cristo. Ele que foi o Leigo que caminhou neste chão, ensinou a esvaziar-se de si, para sobrar espaço de amor ao próximo, Ele que nos mostrou ao vivo e a cores, como gastar nossa vida do jeito certo, Ele cujo reinado e poder, tem sempre mais a ver com humildade e serviço.
Portanto, rogo a Deus neste dia, por cada vocação leiga em nossa Diocese, no Brasil e no mundo. Obrigado Senhor, por continuar nos chamando, nos amando e nos mostrando o caminho. Estaremos sempre aqui para servi-Lo! Amém!
André P. Bertoletti, pai, marido, filho, trabalhador e leigo