“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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Piracicaba acolhe Dom Fernando agora “Cidadão Piracicabano”

Publicado em 28 de agosto de 2015 - 16:49:25

A virtude da acolhida ou do acolhimento é uma das características fundamentais para a consolidação da convivência solidária e fraterna de um povo. E nossa cidade, por vários motivos, tem sido qualificada pelas pessoas que aqui chegam de outras plagas como uma cidade acolhedora. Entenda-se aqui o conceito de cidade como o conjunto de vários fatores, como os predicados de beleza natural e a qualidade de vida, entre outros aspectos físicos, mas o que pesa mesmo, não resta dúvida, é o tipo de tratamento que os cidadãos da terra oferecem aos que chegam. Educação, simplicidade, amizade, alegria, solidariedade, enfim, uma porção de qualidades que torna o piracicabano uma pessoa agradável para qualquer um se relacionar.

E quando as pessoas que aqui chegam estão dispostas a um serviço relevante à comunidade, a empatia com os “nativos” é muito grande e logo lhe vem a sensação de que o sangue piracicabano lhe corre nas veias. Daí nasce forte um sentimento profundo de naturalidade, de amor à terra, de amor às pessoas, enfim, sente-se que já não se é mais um “estrangeiro”.

O Bispo da Igreja Católica na Diocese de Piracicaba que nesta terça feira recebeu o título de “Cidadão Piracicabano” outorgado pela Câmara de Vereadores é uma dessas pessoas muito especiais que, nestes dez aos de vida episcopal por aqui, já se integrou perfeitamente nesta convivência com o povo da terra. Já era um piracicabano de fato e agora, com o título, o é também de direito. Em sua fala, na solenidade, disse que ao ser designado pelo Papa para nossa Diocese, a palavra “Piracicaba” era para ele apenas um “som” e hoje, após dez anos de vida religiosa por aqui, “ ela é uma cidade e um povo que já conheço, que amo e que procuro servir na missão a que fui chamado”.

Italiano nascido em Loreggia, cidadezinha de 4 mil habitantes, próxima a Pádua onde Santo Antonio viveu e morreu e onde se ordenou sacerdote na Ordem dos Franciscanos Conventuais, chegou ao Brasil como missionário, em 1972, com 27 anos de idade. Confesso que ao elaborar a justificativa para o Decreto Legislativo que lhe concedeu o título como assessor do Vereador Paulo Camolesi, fiquei maravilhado com sua história de vida nesses 43 anos no Brasil. Um “curriculum” intenso e estimulante, repleto de ações e responsabilidades na Ordem e na comunidade da Igreja católica. Eu, que o conheço e acompanho de perto desde que aqui chegou, não imaginava que o homem simples e humilde (não gosta de aparecer muito, socialmente falando) tivesse toda essa riqueza de vida como missionário aqui no Brasil.

Personalidade firme, elevado espírito de organização, exímio observador, empreendedor de decisões rápidas, trata com seriedade e responsabilidade as coisas da Igreja sem deixar de ser “brincalhão” com os que vivem perto dele. Com sua conduta e pelo seu exemplo vai deixando ensinamentos preciosos aos seus irmãos de missão. Impõe respeito, respeitando a liberdade dos que convivem com ele no dia a dia. Não gosta de elogios e no discurso de agradecimento na solenidade disse que “ao que os amigos dizem sobre nós, temos que dar um desconto, e às criticas dos inimigos devemos dar atenção para tentar melhorar um pouco mais”.

Nós piracicabanos, ganhamos “oficialmente”, um novo e ilustre cidadão, um missionário de São Francisco que vem juntar-se a esse povo sob a proteção de Santo Antonio de Pádua, nosso padroeiro e, por coincidência, em cuja Basílica, lá na Itália, ele se ordenou sacerdote. E a Diocese, compreendendo mais 14 municípios, continua a contar com o fértil pastoreio desse especial discípulo missionário de Jesus Cristo.

Que o nosso proclamado acolhimento se torne ainda mais forte para fazer jus a tão ilustre personalidade com o abraço fraterno do tamanho de todo nosso povo! E agora, Dom Fernando, como disseram nos discursos, tem que aprender a cantar o Hino de Piracicaba, o linguajar caipiracicabano, torcer para o XV (não é tão difícil para um corintiano que também é alvi-negro), experimentar a cachaça e a pamonha de Piracicaba! E rezar para Santo Antonio para que o nosso rio ressuscite!
 

Antonio Oswaldo Storel
Coordenador do CNLB – Diocese de Piracicaba.

 

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