“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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“Alegrai-vos sempre no Senhor!” (Fl 4, 4)

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 - 15:01:37

Caros amigos, todos nós queremos ser felizes, isto é, fazer da felicidade uma parte de nós e senti-la sempre em nosso interior. “A aspiração pela alegria está impressa no íntimo do ser humano. Além das satisfações imediatas e passageiras, o nosso coração procura a alegria profunda, total e duradoura, que possa dar «sabor» à existência” (Bento XVI, Mensagem para a 27ª JMJ).

Certamente, nossas ações são mais plenas quando gozamos da alegria, que é fruto do amor. Segundo Santo Tomás de Aquino, tanto a alegria quanto a tristeza têm sua origem no amor. A alegria é a consequência de possuirmos aquilo que amamos, enquanto a tristeza é produto de sua privação (Cfr. S.Th. II-IIae, q. 28, a.1r).

Quando poderemos dizer que é possível possuir o que amamos? A experiência que temos desta posse é muito frágil! No desejo de alcançar a plena alegria, é preciso ter o cuidado de não confundir as alegrias deveras duradouras com os prazeres imediatos e enganadores. As alegrias autênticas não permanecem fechadas em si mesmas, pois possuem sua fonte no amor de Deus. Já os prazeres, cerrados no egoísmo, ocupam efusivamente alguns instantes de nossa vida, mas aos poucos se esvaem e deixam o vazio de uma vida sem sentido. A dificuldade de alcançar a alegria se apresenta cada vez mais aguda nos nossos dias, pois cresce em nosso meio uma sociedade hedonista que multiplica as ocasiões de prazer e confunde o coração humano na busca da legítima alegria.

“A verdadeira felicidade, também inclui a certeza de que não há felicidade perfeita” (Gaudete in domino, 7). A alegria não se apresenta em nossa vida de maneira constante. Por vezes, as dificuldades e os sofrimentos da vida furtam-na de nossos corações. Contudo, ela deve permanecer, mesmo que como um pequeno feixe de luz que nasce da certeza pessoal de sermos infinitamente amados por Deus (cfr. Evangelii gaudium, 6).

“A alegria cristã não é uma simples diversão, não é uma alegria passageira; a alegria cristã é um dom, é um dom do Espírito Santo” (Papa Francisco, Homilia dia 15/05/2015). O cristão deve sempre proclamar que a alegria é possível, sem nunca se esquecer de que ela nunca será plena em nossa condição atual. Com isto, quero dizer que enquanto estamos a caminho do céu, a perfeita alegria será sempre objeto da nossa fé e esperança, mas na consumação de todas as coisas, ela será a plena visão e posse dos bem-aventurados.

Deste modo, ao vivenciarmos as festividades do carnaval, tenhamos sempre presente que as alegrias deste mundo devem ser vividas na expectativa da plena alegria prometida por Deus àquele que permanece fiel: “Servo bom e fiel, participa da alegria do teu senhor!” (Mt 25, 21).

Dom Edney Gouvêa Mattoso
Bispo de Nova Friburgo (RJ) 

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