“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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Santo Antônio de Piracicaba

Publicado em 31 de maio de 2017 - 15:05:04

Em 1766, o capitão-general de São Paulo, D. Luís Antônio, encarregou Antônio Corrêa Barbosa de fundar uma povoação na foz do rio Piracicaba. No entanto, o capitão povoador optou pelo local onde já se haviam fixados alguns posseiros e onde habitavam os índios Paiaguás, à margem direita do salto, a 90 quilômetros da foz, no lugar mais apropriado da região. A povoação seria ponto de apoio às embarcações que desciam o rio Tietê. Oficialmente, o povoado de Piracicaba foi fundado em 1º de agosto de 1767, sob a invocação de Nossa Senhora dos Prazeres. Anos mais tarde, o povoa-dor preferiu colocar como padroeiro o santo de seu nome, Santo Antônio de Lisboa. Diante das reclamações populares, criou-se a lenda de que a imagem de Nossa Senhora fora carregada pelos anjos rio abaixo.

Com a criação da diocese, em 1944, Santo Antônio foi considerado também seu padroeiro, já que a Catedral e a sede do bispado estavam sob seu protetorado. E a partir de 1988 atendendo pedido do bispo Dom Eduardo Koaik e do presbitério diocesano, o Papa São João Paulo II, em 2 de janeiro de 1988 declarou Santo Antônio patrono, não só de Piracicaba, mas também de toda a diocese.

No próximo dia 1º de agosto a cidade “Onde os peixes param” completará o 250º aniversário de sua fundação. Por isso, neste tempo de desafios invoquemos o excelso intercessor e o escutemos com muita atenção, uma vez que, o padroeiro e a cidade, têm algo em comum, ou seja, a pregação aos peixes.

A pregação aos peixes deu-se na cidade de Rimini em 1223, cidade conhecida como berço das heresias que negavam a divindade de Jesus Cristo. Foi a partir desta situação que Antônio dirigiu-se ao Rio Marechia para orar, ter um momento de intimidade, de reflexão, de silêncio, de súplica a Deus e logo, saindo de seu interior, começou a falar aos peixes e cantou louvores a Deus, dizendo: “Vós haveis de saber, meus irmãos peixes, que o sal é filho do mar como vós e este tem duas propriedades: uma, conservar-lhes sadios, e a outra, é de preservá-los para não se estragarem. É bom louvar o bem para conservá-lo, e repreender o mal para extinguí-lo. Onde há bons e maus há que louvar e repreender”.

E continua: “O Evangelho fala que a ordem de Jesus dada para os discípulos é que lancem as redes do outro lado do mar. Então, eles apanharam uma grande quantidade de peixes, tão grande que a rede quase se rompeu. Porém foi necessário fazer uma escolha dos peixes bons e os outros foram lançados novamente ao mar. Apoiado nesta palavra do Evangelho, dividirei os peixes em dois grupos. Em 1º lugar, elogio as suas atitudes, e em 2º lugar, os repreendo por causa dos seus vícios”.

Hoje somos nós que escutamos os apelos de Santo Antônio de Piracicaba. Por isso, os bons renovem os seus propósitos e os maus convertam-se ao evangelho da vida.


Mons. Ronaldo Francisco Aguarelli
Vigário Geral da Diocese de Piracicaba e Pároco da Paróquia Santo Antônio - Sé Catedral

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