“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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Viver a Misericórdia de Deus no dia a dia

Publicado em 17 de junho de 2016 - 16:52:33

Ao convocar o Ano Santo da Misericórdia o Papa Francisco em sua Bula “O rosto da misericórdia” (Misericordiae Vultus) nos diz que “Precisamos sempre contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, de serenidade e de paz. É condição da nossa salvação.” Mas como contemplar e viver a misericórdia de Deus no mundo do imediatismo das redes sociais, da internet e do Wattsapp? Num mundo onde escondemos os nossos rostos atrás de teclados? Num mundo que nos obriga a ter uma opinião formada às pressas para os mais diversos assuntos e fatos?

O ano Jubilar da Misericórdia deve ser, para todo cristão, uma grande oportunidade para, de maneira ainda mais intensa, “fixar o olhar na misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai” (MV n. 3). Isso significa ser diferente dos outros, significa muitas vezes nos calar nos momentos onde todos esperam que falemos. Pesar em nossa consciência se vale a pena externarmos um pensamento mal elaborado e que pode prejudicar outras pessoas.

Nesses tempos sombrios o cristão é convidado pelo Papa Francisco a ser um rosto diferente diante de tantos rostos iguais. Precisamos tocar a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados, nos despojarmos de nós mesmos e pensarmos no outro sem julgá-lo. Somos convidados a amar com o coração misericordioso de Deus e não com o nosso coração, muitas vezes mal tratado pela maldade alheia.

A proposta é viver a misericórdia no exemplo do Pai, que pede para não julgar e não condenar, mas perdoar e dar amor e perdão sem medida (cf. Lc 6,37-38). Por isso é tão importante que reconheçamos a Misericórdia de Deus em nossas vidas, é preciso que consigamos enxergar quantas vezes caímos e fomos erguidos pela Misericórdia de Deus. Somente quando reconhecemos essa presença salvadora de Deus em nossas vidas é que nos assemelhamos aos Santos e Santas do mundo que viveram a Misericórdia de Deus, como Santa Teresa d’Ávila, que começa o seu livro da Vida, dizendo: “cantarei as misericórdias do Senhor”, e em todos os seus escritos, repete mais de cem vezes a palavra misericórdia.

O reconhecimento da Misericórdia de Deus em nossas vidas transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama obras de misericórdia corporal e espiritual.

Não percamos este tempo de graça proposto pelo Papa Francisco, um tempo favorável à conversão! Aproximemos o nosso rosto ao rosto misericordioso de Deus para que possamos nos assemelhar Dele e possamos beber com abundância desta água viva e assim saiamos ao mundo comunicando o amor, a ternura, a bondade. Não fiquemos preocupados em fazer tratados teológicos sobre a misericórdia, mas a pratiquemos nos pequenos gestos do dia a dia, pois uma misericórdia que não ajuda quem sofre é filosofia. E encerro com uma frase do padroeiro da minha Paróquia São Francisco de Assis, de Piracicaba: “evangelize sempre, se preciso use palavras”.

Carlos Eduardo Luccas Castro
Aluno da Escola Diaconal São Filipe, membro da Equipe
Diocesana de Liturgia e ministro extraordinário da comunhão

 

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