“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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Santo Antônio da Misericórdia

Publicado em 8 de junho de 2016 - 14:55:57

A Igreja Católica vive um ano de grande graça. É o Ano Extraordinário da Misericórdia proclamado pelo Papa Francisco no dia 8 de dezembro passado e terá o seu término no dia 20 de novembro, na Solenidade de Cristo Rei.

Tradicionalmente no Brasil realizam-se por todos os cantos, inclusive nas comunidades, as festas juninas homenageando três santos populares, Santo Antônio, São João e São Pedro. Dentre os santos citados destacamos neste artigo o glorioso Santo Antônio e a sua relação com a misericórdia.

Santo Antônio nasceu por volta de 1190, em Lisboa, e foi batizado com o nome de Fernando. Faleceu na periferia de Pádua, em 13 de junho de 1231. Estudou com os cônegos regulares agostinianos na cidade natal, e em Coimbra foi ordenado sacerdote, provavelmente em 1218. Dois anos mais tarde, isto é, em 1220, tornou-se Frade Menor, ocasião essa em que mudou o seu nome de batismo pelo qual se tornou conhecido.

Sobre a caridade fraterna disse que ela é: “a mais fecunda de todas as virtudes... corrige o que erra, perdoa ao que peca contra si, dá de comer ao faminto; quando pratica alguma obra de misericórdia, pensa logo noutra que amadureça, produza boa obra.” A respeito de quem é o próximo e como se deve tratá-lo, o doutor Evangélico declarou: “Tua imagem é o outro homem a quem deves visitar com a esmola espiritual e a corporal... porque a alma nutre-se com o pão espiritual e o corpo com o pão corporal”, e ainda, “tua imagem é o outro homem e, como te provês a ti naturalmente, de igual modo deves prover-lhe.”

Falando sobre as Obras de Misericórdia, como expressão da caridade fraterna, Santo Antônio diz o seguinte: “A mão representa o trabalho, que devemos estender à utilidade do próximo. Usa duas mãos quando ministra ao próximo o alimento da alma e do corpo. Nesta mão, portanto, devemos ter as ofertas da virtude, da caridade e da esmola, o incenso da devoção interior, de modo que façamos com devoção tudo quanto fazemos... aquele que procura destaque por causa das suas boas obras nem apresenta ofertas na casa do Senhor, nem a fumaça do seu incenso sobe à presença de Deus.” E continua: “Se o teu próximo é cego pela soberba, quanto está em ti ilumina os seus olhos com o exemplo da humildade; se é coxo pela hipocrisia, põe-no direito por meio de obras de verdade; se é leproso pela luxúria, limpa-o com a palavra e o exemplo da castidade; se é surdo pela avareza, propõe-lhe o exemplo da pobreza do Senhor; se está morto pela gula e embriaguez, ressuscita-o com o exemplo e virtude da abstinência; aos pobres, porém, anuncia a vida de Cristo.”

Sobre as obras de misericórdia espirituais, Santo Antônio faz referência à maior parte delas, senão vejamos: 1 - ensinar os ignorantes acerca de tudo que eles precisem, em particular, a respeito do conteúdo da Boa Nova anunciada por Jesus Cristo; 2 - corrigir os que erram, mediante as chamadas de atenção, mas, principalmente, por meio dos bons exemplos, opostos às más atitudes ou vícios referidos; 3 - dar bons conselhos aos que precisam e, muitas vezes, vem ao nosso encontro em busca duma palavra de orientação. Não podem esses conselhos “atear lenha na fogueira” ou semear ódio entre as pessoas; 4 - confortar os angustiados, de acordo com a recomendação de Paulo na 2ª Epístola aos Coríntios, isto é, quando estão desesperados ou por causa de problemas pessoais, ou familiares, tais como, uma doença prolongada dum parente ou o consumo de álcool, de drogas, uma gravidez inesperada etc., animá-los e “dar-lhes força”, etc.; 5 - perdoar de coração os que nos ofendem. Com efeito, Jesus ensina: “Se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará”. O perdão verdadeiro não é da boca para fora, brota do fundo do coração e está enraizado no Mandamento do Amor; 6- suportar com paciência as adversidades e as fraquezas do próximo. Aceitar os outros ao nosso redor, tal como eles, efetivamente, são, isto é, com suas limitações, fraquezas, defeitos, bem como as vicissitudes da vida requerem exercitar sempre a paciência, a fim de não praguejarmos ou, até mesmo, blasfemar, nem tampouco, “darmos patadas” a torto e a direito; 7 - rogar a Deus, tanto pelos vivos quanto pelos falecidos, a saber, por quem não se conhece, pela conversão dos pecadores, pelo papa, pelos bispos, pelos sacerdotes, pelos religiosos e religiosas; pelos governantes do mundo todo e da própria nação, etc. e, também, pelos fiéis defuntos, a fim de que, purificados de seus pecados, venham a gozar da visão beatífica, da bem-aventurança eterna.

Padre Ronaldo Francisco Aguarelli
Pároco da Catedral Santo Antônio de Piracicaba

 

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