“Eu te constituí como luz das nações para levares a salvação até os confins da terra” (At 13,47)
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Brasil e Mundo

Igreja Católica é apontada como principal adversária do regime militar

Publicado em 14 de junho de 2018 - 14:13:47

Matéria jornalística feita por Gerson Camarotti, apresentada na semana passada pela Globonews, e reproduzida no Portal G1 por Tereza Carneiro, traz notícia de que “telegramas do Departamento de Estado Americano e relatórios da CIA (Agência de Inteligência dos EUA) revelam que o governo dos Estados Unidos acompanhou durante quase duas décadas a tensa relação entre a ditadura militar brasileira e a cúpula da Igreja Católica no país“.

A questão

Segundo o texto do Portal, “Os documentos a que GloboNews teve acesso, classificados como confidencial ou secretos, foram liberados nos últimos anos. Em vários desses textos, a Igreja Católica é apontada como a mais influente organização não-governamental do Brasil e como a principal adversária do regime militar. Segundo um desses relatos de 1981, o governo estava apreensivo sobre o potencial para influenciar a política eleitoral e radicalizar os pobres. Telegramas do início dos anos 70 já alertavam para o confronto entre as duas instituições e ressaltavam a deterioração das relações“.

Os relatórios também destacam, no texto da matéria de TV reproduzida pelo G1 que “a atuação especial de alguns influentes prelados como o arcebispo Dom Helder Câmara e os cardeais Dom Paulo Evaristo Arns e Dom Aloisio Lorscheider, que denunciavam torturas e violações aos direitos humanos do regime militar. Num relatório secreto de 1971, se destacava a preocupação com as denúncias feitas por Dom Helder ao governo brasileiro em viagem pela Europa e ressaltava que sua indicação ao prêmio Nobel da Paz foi um golpe para o governo Médici. Essa informação é confirmada num relatório secreto do Itamaraty, do início dos anos 70, e que foi revelado pela Comissão Nacional da Verdade. O governo militar agiu por diversos anos para impedir que Dom Helder ganhasse o Prêmio Nobel”.

A matéria do G1 prossegue: “Com a eleição do presidente Jimmy Carter, nos Estados Unidos, em 1977, a Igreja no Brasil passa a ganhar nova força no enfrentamento ao regime durante o governo Geisel. Relatórios citam inclusive uma troca de correspondência entre o então arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e o presidente Carter. Um outro memorando do departamento de estado mostra a carta do cardeal enviada ao presidente Carter que fazia um alerta sobre a repressão com uma lista de nomes de pessoas que haviam desaparecido”.

Dom Leonardo Steiner

O secretário-geral da CNBB dom Leonardo Steiner foi ouvido pelo repórter Gerson Camarotti na quinta-feira, 7 de junho, e falou que esses documentos servem como reflexão para que essa história não se repita: “O que nós conseguimos com a Constituição de 1988. Isso para o futuro é vital. As novas gerações não conhecem a história. Hoje se fala inclusive na volta dos militares. Não é o que os militares estão querendo. Os militares têm se manifestado de maneira muito digna, muito precisa em relação à Constituição. Mas esse desejo de achar que é uma força que pode reconquistar a tranquilidade de um país. Só a democracia pode”

Fonte: CNBB/G1
 

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